7 Poemas de Maria Gabriela Llansol

Carta de amor:

Un saco con el siguiente contenido:

hojas de té – dejé de beber té

paja – porque tengo sed de amor por ti

una manzana roja – me ruborizo cuando pienso en ti

un fruto seco – estoy extenuada como el fruto

un pedazo de carbón – mi corazón arde

una flor – eres bello

una piedra – ¿tu corazón será duro como una piedra?

una pluma de halcón – si tuviese alas volaría hasta ti

Estos árboles se balancean en su excitación

Y prosiguen. Las ramas más altas se precipitan,

abren posadas en el aire. Las más bajas dominan. El sol no

falta. Apenas hay una curva del camino con incidencias

Drásticas en su respiración. Si, aún hay las concurrentes,

las simientes ininterrumpidas, y el incomprensible desprecio

de los humanos. No dicen parasceve. Si lo cortaran no

reaccionarían. «¿Porqué no entienden la ligereza de proseguir?» 

Estas árvores balouçam na sua hesitação

Mas prosseguem. Os ramos mais altos precipitam-se,

Abrem no ar pousadas. Os mais baixos ocupam. Sol não

falta. Há apenas a curva do caminho com incidências

Drásticas na sua respiração. Sim, há ainda as concorrentes,

As sementes ininterruptas, e o incompreensível desprezo

dos humanos. Parasceve não diz. Se o cortarem, não

reagirá ­­­«Por que não entendeis a leveza de prosseguir?»

Saber esperar alguém...
Não há mais sublime sedução do que saber esperar alguém.
Compor o corpo, os objectos em sua função, sejam eles
A boca, os olhos, ou os lábios. Treinar-se a respirar
Florescentemente. Sorrir pelo ângulo da malícia.
Aspergir de solução libidinal os corredores e a porta.
Velar as janelas com um suspiro próprio. Conceder
Às cortinas o dom de sombrear. Pegar então num
Objecto contundente e amaciá-lo com a cor. Rasgar
Num livro uma página estrategicamente aberta.
Entregar-se a espaços vacilantes. Ficar na dureza
firme. Conter. Arrancar ao meu sexo de ler a palavra
Que te quer. Soprá-la para dentro de ti
até que a dor alegre recomece.
Saber esperar alguien
Nada hay más sublime seducción de que saber esperar alguien
componer el cuerpo, los objetos en sus funciones, ya sea
la boca, los ojos, o los labios. Entrenarse a respirar
fluorescentemente. Sonreír por el ángulo de la malicia.
Pulverizar de solución libidinosa los corredores y la puerta
Velar las ventanas con un suspiro propio.Conceder
a las cortinas el don de ensombrecer. coger entonces un
objeto contundente y ablandarlo con el color.Rasgar
en un libro una pagina estratégicamente abierta.
Entregarse a espacios vacilantes.Permanecer en la dureza
firme.Contener.Arrancar de mi genero de leer la palabra
que tu quieres. soplala por dentro de ti
hasta que el dolor alegre empiece de nuevo

Eu estava habituada a vir para casa com um velho amigo

Que me punha a mão nos ombros. Eu raramente tropeçava

Porque dele irradiava o calor das macieiras e a paz das

Tílias. Era a árvore dos meus passos. E, regressando a casa,

Regressava à Paisagem que humana me fazia.

Yo estaba acostumbrada a venir a casa con un viejo amigo

Que ponía su mano en mis hombros.Yo raramente tropezaba

porque él irradiaba el calor de las manzanas y la paz del

Tilo.Era el árbol de mis pasos. y volviendo a casa,

regresaba al Paisaje que me hacía humana.

A véspera é um dia…

A véspera é um dia de grande potência cognitiva,

Uma potência cognitiva revestida de forte

Sensibilidade sem emoção. Ver o que ainda se

Não conhece é uma rara particularidade??????

que, por vezes, arrasa.

olhou o vidro,O vidro estava ao espelho ???é a véspera.

A la víspera de un día…

A la víspera de un día de gran potencia cognitiva,

Una potencia cognitiva revestida de fuerte

Sensibilidad sin emoción. Ver lo que aún

No se conoce es una particularidad rara??????

que a veces, arrasa.

Cuando miró el vidrio, El vidrio estaba en el espejo???es la víspera.

                                                   Quando a recordação dói,
As memórias movem-se, a nostalgia cai, e tu surges do
                                              Passado pronto para me ferir
                                     quando o vento sopra de verdade,
As folhas movem-se, a chuva cai, e eu não sei se do chão
                Te levanto ou te deixo para biodegradado. Mário,
             É instantânea a translação entre frases textuantes.


                                         Cuando el recuerdo duele,
Se mueve la memoria, la nostalgia cae, y tú surges
                                      Del pasado pronto a herirme
                              cuando el viento sopla de verdad,
Las hojas se mueven, la lluvia cae, y yo no sé si 
     Te levanto del suelo o te dejo bio degradar. Mario
La traducción es instantánea entre frases textuantes.

«yo, Gabriela, en la hora de la gran decisión
decido que no tengo parámetros:
–soy mujer sin hijos;
–soy escritora (prefiero escribiente) sin reconocimiento;
–soy trabajadora pertinaz y regular con vida material incierta».




(XXX)
Um Ritual De Gestos

Hadewijch diz para apagar a ausência. A sua resposta é: durar, continuar
não interromper. Gestos para os três, gestos para cada um, quando a trindade está suspensa.
Isabôl diz quero também o corpo
penetrá-la até aos confins. A sua resposta é: comunidade de figuras.
Ambas são sôfregas de alegria.
Hadewijch, da alegria de ver; Isabôl, da alegria de entrar e de usufruir. Hadewijch vê Isabôl, Isabôl quer Hadewijch aberta, integralmente disponível, sem outra vontade que não seja a vontade de responder ao que Isabôl quer dela.
Os três silenciosamente beijando-se. Os três beijando-se nos seios. Os três beijando as vaginas abertas.
Isabôl despe-se para entrar na alma de Hadewijch.
Isabôl despe Hadewijch e diz conta o amor.
Isabôl diz a vagina de Hadewijch está preparada. Copérnico, entra nela e não a deixes em paz. Torna-a incandescente, ao rubro. Que ela sinta o fogo, que é fogo, se perca nele e crepite de amor e de visão.
Hadewijch diz: entra na Isabôl, faz-lhe o que ela quer que tu me faças. Abre-lhe a alma onde quero entrar. O meu corpo é o dela penetrado pelo teu. O meu corpo é o dela esperando ser aberto.
Torna-te servo do teu pénis e não senhor das nossas vontades. Servos os três de um só senhor, o desejo insustentável de eternidade.
Isabôl diz: o tempo acaba no seu pénis.
Quero que todos sejamos pénis, nos dedos, nos mamilos, na língua, no olhar, nas pa
lavras.
Não é o pénis dele, homem, mas dele, eternidade.
É a chave que abre todas as portas do corpo, que as sombrias recebam o clarão do amor, que as abertas sejam abandonadas, Temos um território, mas não temos casa. Quero ser nómada. Quero que digas, Hadewijch, que o teu corpo é para ser penetrado sem fim, que vens para ser penetrada sem interrupção, que estás para que te facamos o que, no íntimo,
mais temias e mais desejavas. Abrir-te-ei o ventre, a boca, os rins, as pernas, os seios, o olhar, a nuca, as mãos, as ancas, os pés. Quero entrar no teu Santo dos Santos, que ?do è te?, como entrarás no meu, que não é meu.
Hadewijch diz que faremos de Copérnico? Isabôl diz uma imagem que ainda não está lá. Hadewijch diz mas que faremos dele? * Isabôl diz daremos uma imagem à sua voz, à sua força,
ao seu coração, ao seu entendimento.
Hadewijch diz que faremos ainda dele? Isabôl diz ele também tem um corpo.
O nosso abrimo-lo, O dele fazêmo-lo,

Hadewijeh diz que mais faremos dele? Isabôl diz o nosso sonho da nossa regra. 
Copérnico pensa: faremos delas 
os nomes primeiros desta regra: 
consumir os corpos para que o espírito encontre obstáculos e se torne amor, alegria pura, discernimento, vontade e possa, enfim, partir 
Os três sabem chegou a hora, 
seremos os doadores da nossa pró 
pria morte. Os três sabem morreremos exaustos e fortes.

(XXX)
Un Ritual De Gestos

Hadewijch dice para apagar la ausencia. 
Su respuesta es: durar, continuar 
                                              no interrumpir. 
Gestos para los tres, gestos para cada uno, 
cuando la trinidad está suspendida. 

Isabôl dice quiero también el cuerpo
                          penetrarla hasta los confines.
Su respuesta es: comunidad de figuras. 

Ambas están ávidas de alegría. 
Hadewijch, de la alegría de ver; Isabôl, de la alegría de entrar y de poseer. Hadewijch ve a Isabôl, Isabôl quiere a Hadewijch abierta, íntegramente disponible, sin otra voluntad que no sea la voluntad de responder a lo que Isabôl quiere de ella. 

Los tres silenciosamente besándose. 
Los tres besándose en los senos. 
Los tres besando las vaginas abiertas.

Isabôl se despide para entrar en el alma de Hadewijch. 
Isabôl despide a Hadewijch y dice cuenta el amor.
Isabôl dice la vagina de Hadewijch está preparada. 
                                   Copérnico, entra en ella y no la dejes en paz. 
                                   Vuélvela incandescente, al rojo. Que sienta el 
                                   fuego, que es fuego, se pierda en él y 
                                   crepite de amor y de visión. 

Hadewijch dice: entra en Isabôl, hazle lo que ella quiere 
                                   que tú me hagas. Ábrele el alma donde 
                                   quiero entrar. Mi cuerpo es el de ella penetrado por el tuyo. Mi
                                   cuerpo es el de ella esperando ser abierto. 


                                   Vuélvete siervo de tu pene y no señor de 
                                   nuestras voluntades. Siervos los 
                                   tres de un solo señor, el deseo 
                                   insustentable de eternidad.  

Isabôl dice:  el tiempo acaba en su pene. 
                                   Quiero que todos seamos penes, en los dedos,
                                   en los pezones, en la lengua, en la mirada, 
                                   en las palabras. 

                                   No es el pene de él, hombre, sino de él, 
                                   eternidad. 

                        Es la llave que abre todas las puertas del cuerpo, que las sombrías reciban la claridad del amor, 
                        que las abiertas sean abandonadas. 
                        Tenemos un territorio, pero no tenemos casa.
                        Quiero ser nómada. 
                        Quiero que digas, Hadewijch, que tu 
                        cuerpo es para ser 
                        penetrado sin fin, que vienes para ser pene-
                        trada sin interrupción, 
                        que estás para que te hagamos lo que, en lo
                        íntimo, 
                        más temías y más deseabas. 
                        He de abrirte el vientre, la boca, las nalgas, las piernas, los senos, la 
                        mirada, la nuca, las manos,

                        las caderas, los pies. 
                        Quiero entrar en tu Sancta Santorum, que 
                        no es tuyo,
                        como entrarás en el mío, que no es mío.

Hadewijch dice ¿qué haremos de Copérnico? 
Isabôl dice una imagen que aún no existe. 
Hadewijch dice ¿pero qué haremos de él? 
Isabôl dice daremos una imagen a su voz, a su fuerza, 
                                   a su corazón, a su entendimiento.
Hadewijch dice ¿qué haremos de él además?
Isabôl dice él también tiene un cuerpo. 
                                   El nuestro lo abrimos. El de él lo hacemos.

Hadewijch dice ¿qué más haremos de él? 
Isabôl dice el sueño de nuestra regla.

Copérnico piensa: haremos de ellas 
                                   los nombres primeros de esta regla:
                                   consumir los cuerpos
                                   para que el espíritu encuentre obstá-
                                   culos
                                   y se vuelva amor, alegría pura, 
                                   discernimiento, voluntad y 
                                   pueda, al fin, partir. 

Los tres saben llegó la hora,
                                   seremos los dadores de nuestra propia
                                   muerte. 
Los tres saben moriremos exhaustos y fuertes. 

Maria Gabriela Llansol (Lisboa, 24/noviembre-1931- Sintra, Portugal, 3/marzo -2008)Escritora, poéta y pedagoga ,licenciada en Derecho, considerada una de las escritoras más innovadoras en lengua portuguesa debido que su escritura se sale de cualquier esquema clasificatorio.

En 1955 se licenció en Derecho y en Ciencias Pedagógicas por la Universidad de Lisboa. Su primera obra, titulada Os Pregos na Erva y publicada en 1962, se inspiró en el trato que mantuvo con los niños de la guardería en la que trabajó los años anteriores. En 1965 se marchó a Bélgica junto a su marido, Augusto Joaquim, a un pueblo aislado de la campiña belga. La pareja pasó a formar parte de una cooperativa que dirigía una escuela experimental y también fabricaba y vendía muebles y alimentos. Allí pasaría veinte años en exilio voluntario, enseñando en la escuela, traduciendo a Rimbaud y Baudelaire y leyendo a místicos medievales.

Su primera novela, El libro de las comunidades, se publicó en 1977. Es el primer volumen de Geografía de los rebeldes, una trilogía de novelas cortas que trazan una serie de encuentros. entre poetas, místicos, beguinas y herejes, todo lo cual tiene lugar en otra versión de la guerra medieval entre campesinos y príncipes en Europa Central.

A mediados de los años 1980 regresó a Portugal, estableciéndose en Sintra, y desde entonces publicó casi un libro al año, en gran medida ignorado por el público en general, pero que gradualmente reunió a un grupo diverso y leal de lectores, incluidos académicos.

Escribir, para ella, era una realidad pero no le interesaba describir la realidad como tal sino utilizar el lenguaje como un proceso orgánico y vivo. En su diario Um Falcão no Punho (Un halcón en la muñeca, 1985), escribió: “La literatura no existe. Cuando escribes, lo único que necesitas saber es en qué realidad estás entrando y, si hay o no, una técnica adecuada que puede abrir el camino a otros.”

Obra publicada

Os pregos na erva (1962), Depois de os pregos na erva (1973), O livro das comunidades (1977), A restante vida (1983) Na casa de julho e agosto (1984), Causa amante (1984), Um falcão no punho. Diário I (1985). Contos do mal errante (1986), Finita. Diário II (1987), Da sebe ao ser (1988), Amar um cão (1990), O raio sobre o lápis (1990), Um beijo dado mais tarde (1990), Hölder, de Hölderlin (1993), Lisboaleipzig I. O encontro inesperado do diverso (1994), Lisboaleipzig II. O ensaio de música (1994), Inquérito às quatro confidências. Diário III (1996), A terra fora do sítio (1998), Carta ao legente (1998), Ardente texto Joshua (1999), Onde vais, drama-poesia? (2000), Cantileno” (2000), Parasceve. Puzzles e ironias” (2001), O senhor de Herbais. Breves ensaios literários sobre a reprodução estética do mundo, e suas tentações (2002), O começo de um livro é precioso (2003), O jogo da liberdade da alma (2003), Amigo e amiga. Curso de silêncio de 2004 (2006) y Os Cantores de Leitura (2007).

En el 2006 obtuvo por “Amigo y amiga” el Gran Premio de Romance y Novela de la Asociación Portuguesa de Escritores (APE).

Enlaces de interés :

https://www.cosmografias.org/post/encontrando-a-maria-gabriela-llansol. https://www.fronterad.com/wp-content/img/nro314/lanube/nube.html

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